segunda-feira, 27 de julho de 2009

A conquista do BeM


Confesso que no último post eu estava perdida de mim, confesso também que sempre me encontro naquele que é metade de tudo aquilo que chamo EU.


Naquele em cujos braços descanso, naquele que possui palavras duras em voz de veludo, naquele onde esconde-se o meu mundo...


Razão X Emoção. Foi o que literalmente aconteceu naquele 27 de julho de 2008.
Uma guerra dentro de mim. Uma disputa onde eu não sabia a quem aliar-me. Uma batalha onde eu permaneci neutra, torcendo e confiando no mais forte, sem saber, porém, o melhor.
Permiti então que o confronto começasse e não querendo privilegiar nenhum dos dois lados, fiquei somente em posição de defesa, inserindo-me sem saber dessa forma na guerra.
Contudo, sem lutar fui a que mais foi atingida...
A Razão tinha como forte aliado o Orgulho, e a Emoção o Amor.
O combate desenrolava-se com dificuldade. Constantemente a Emoção e o Amor deixavam-se levar pelos Argumentos, tática traiçoeira da Razão e do Orgulho. O que sustentava e dava força ao lado dito mais fragilizado, era a barreira, o escudo de sentimentos que por vezes atacavam também, mas que sobretudo compunham uma sólida trincheira, envolvendo e protegendo a emoção e o Amor.
Mas como em uma guerra as estratégias e as armas são pontos cruciais, a Razão e o Orgulho dispararam em acentuada vantagem sobre a Emoção e o Amor. E eu que permaneci o tempo todo à sombra da competição, descobri afinal o meu lado na guerra.
Fui tomada por um intenso sentimento de justiça ao ver o Amor ali caído, sangrando e a Emoção sem forças, triste, chorando já se rendendo pelo amigo que já se ia. Alvo ainda das Flechadas de Realidade que o Orgulho insistia em lançar.
Aliei-me mais que depressa a eles temendo ser tarde demais. Munimo-nos com tudo aquilo que nos restava ainda de bom e somente o brilho da fusão dessas armas fez com que a Razão e o Orgulho caíssem por terra.
Vencemos. Emoção, Amor e eu.
O campo de concentração em que se transformara meu coração, transfigurou-se num instante em um recanto de rios de águas calmas e jardins multicores em função de um beijo, a cobiçada recompensa.
O conflito?! Durou apenas alguns minutos, mas os efeitos destes far-se-iam sentir por muito tempo.
Há ainda vestígios dessa hostil guerra em meu coração, mas estes se dissipam como poeira ao vento ao pronunciar das seguintes palavras (mágicas) “Eu te amo!”



Luiz Marcelo, eu te amo meu amor!!! Parabéns !!!Muitas felicidades, que esse seja somente o primeiro ano juntos do resto de nossas vidas!!!!!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Procuro-me


Mas porque é que eu me sinto assim? Era pra eu estar feliz! Não que eu esteja triste, mas FELICIDADE existe?

Mas o que está acontecendo comigo?
De onde veio essa agonia?

O que significa essa angústia?

Há tempos não canto e nem toco por simples e puro prazer...

Escrever?! Somente em casos de extrema necessidade, como agora.

O livro está abandonado, a melodia por ser tirada, os versos a serem escritos...
Será que me mudei de mim e em alguma esquina estou perdida por aí ?
Não sinto mais minha companhia alegrando-me, minha presença compreendendo-me e me deixando maluca.
Será que aqui no fundo eu estou dormindo, num sono profundo, hibernado do mundo?
Os dias parecem os mesmos, sinto que é insuportável vive-los sozinha, mas cadê eu?
Aonde é que eu fui parar?
Preciso de mim, estou no automático: reagindo apenas.
Será que eu cansou de mim e foi viver outra vida?
...Só sei que aqui estou perdida num labirinto sem fim.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Utopia moderna

Era uma vez um menino chamado João, nascido em uma família tradicional, foi criado sob os mais rígidos conceitos de ética e moral.

Bom filho, ótimo aluno, João terminou o colegial no ápice de sua popularidade e não demorou muito para passar no vestibular e entrar na tão almejada faculdade.

Como era muito dedicado, assim que terminou o seu curso conseguiu logo um emprego, e com o esforço deste, começou a construir sua vida.

Comprou um carro, construiu sua casa, casou-se, teve filhos, viajou e foi muito feliz.

Uma noite porém, voltando do trabalho, encontra sua família mantida refém em sua própria casa. Desesperado, ele entregou todo seu dinheiro para libertar seu maior tesouro e, em nome dele, endividou-se para equipar sua casa com câmeras de segurança, alarmes, sensores, cercas elétricas e vigilantes noturnos.

João libertou sua família, mas hoje a mantém presa atrás de muros e grades e nome da "segurança".

Como João existem muitos brasileiros hoje questionando-se sobre o valor da vida. Perguntando-se: Por que ser honesto? Pra que respeitar as leis? O que encontarei quando chegar em casa? Pra que lutar pra conseguir algo na vida, se mais cedo ou mais tarde, vem alguém e em um segundo leva tudo que gastamos uma vida pra conseguir?
Brasileiros que vivem enclausurados em suas próprias residências por medo.
Brasileiros que nascem, crescem, conquistam e são assaltados...
...

Essa pequena história foi apenas um artíficio para registrar minha indignação quanto a algo que aconteceu na madrugada de hoje em Alterosa.
A creche Nova Esperança, que é uma instituição que necessita de doações e, às vezes ajuda de custo, recebeu ontem mantimentos destinados a alimentação das crianças, e a 01:17 da manhã, minha mãe, que é diretora de lá, recebeu a notícia de que entraram no prédio e levaram boa parte das doações. Não levaram tudo pois o alarme disparou, chamaram a polícia , fizeram o B.O, deixaram um vigia noturno lá pra caso de o assaltante voltar.

Todas as providências foram tomadas, mas e o almoço das crianças? Será que o ladrão em algum momento pensou nisto? É claro que não!! Esse é o mal dessa geração: egoísmo e corrupção.

Não é um caso isolado, não foi a primeira e infelizmente, nem será a última vez que isso acontecerá. Também não julgo as autoridades, não é culpa deles, a raiz do problema está na consciência de cada pessoa, e esse parece ser um caminho inacessível hoje.

Manifesto aqui minha indignação frustrada por não saber mais a quem ou a que atribuí-la...

...Saudoso Bom Senso! Estará você longe assistindo a isso tudo trancado também?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Inspiração retrógrada


...é como eu poderia definir a minha.

Não consigo sentar diante de um computador e simplesmente digitar.

As ideias fervilham, a mente transborda e o post não sai.



...Preciso escrever tudo à mão para depois digitar!!

É engraçado, com tanta tecnologia facilitando nossa vida hoje e eu simplesmente a ignoro...



Eu tenho um cadermo que carinhosamente entitulei "Abobrinhas", ERA lá onde eu desentupIA minha válvula de escape.

É, ele acabou as páginas...

Pensei em comprar outro, mas só tinha daqueles da capa da Moranguinho, só que aí eu ia montar um hortifruti ao invés de uma antologia. (Pretensiosa...)

Sim, eu escrevo poemas, ou quase isso.



Escrevo, rabisco, releio, não gosto, amasso, recomesso, reescrevo e...só depois digito

Não, eu também não sei o porquê...

Deve ser algumas de minhas betanices, que por acaso rima com maluquices...



Ah sim, betanices = manias de Betânia, esta não é muito certa, logo betanices torna-se sinônimo de maluquices.

Lógico que este significado aplica-se somente a este mundo pois eu vivo em outro universo...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Ei mãe, eu tenho um blog!


Sim, tive que me render às tentações que oferecem hoje este nosso mundo globalizado...
Um blog!

Ainda não tenho a menor noção de como isso funciona, mas somente o contentamento em tê-lo, e poder através dele expressar-me, já é o suficiente para pertencer a este mundo...

"Não há lugar pra mim na terra dos homens, sobrei e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias"
(Clarice Lispector)

Ei mãe, eu tenho um blog!