
Confesso que no último post eu estava perdida de mim, confesso também que sempre me encontro naquele que é metade de tudo aquilo que chamo EU.
Naquele em cujos braços descanso, naquele que possui palavras duras em voz de veludo, naquele onde esconde-se o meu mundo...
Razão X Emoção. Foi o que literalmente aconteceu naquele 27 de julho de 2008.
Uma guerra dentro de mim. Uma disputa onde eu não sabia a quem aliar-me. Uma batalha onde eu permaneci neutra, torcendo e confiando no mais forte, sem saber, porém, o melhor.
Permiti então que o confronto começasse e não querendo privilegiar nenhum dos dois lados, fiquei somente em posição de defesa, inserindo-me sem saber dessa forma na guerra.
Contudo, sem lutar fui a que mais foi atingida...
A Razão tinha como forte aliado o Orgulho, e a Emoção o Amor.
O combate desenrolava-se com dificuldade. Constantemente a Emoção e o Amor deixavam-se levar pelos Argumentos, tática traiçoeira da Razão e do Orgulho. O que sustentava e dava força ao lado dito mais fragilizado, era a barreira, o escudo de sentimentos que por vezes atacavam também, mas que sobretudo compunham uma sólida trincheira, envolvendo e protegendo a emoção e o Amor.
Mas como em uma guerra as estratégias e as armas são pontos cruciais, a Razão e o Orgulho dispararam em acentuada vantagem sobre a Emoção e o Amor. E eu que permaneci o tempo todo à sombra da competição, descobri afinal o meu lado na guerra.
Fui tomada por um intenso sentimento de justiça ao ver o Amor ali caído, sangrando e a Emoção sem forças, triste, chorando já se rendendo pelo amigo que já se ia. Alvo ainda das Flechadas de Realidade que o Orgulho insistia em lançar.
Aliei-me mais que depressa a eles temendo ser tarde demais. Munimo-nos com tudo aquilo que nos restava ainda de bom e somente o brilho da fusão dessas armas fez com que a Razão e o Orgulho caíssem por terra.
Vencemos. Emoção, Amor e eu.
O campo de concentração em que se transformara meu coração, transfigurou-se num instante em um recanto de rios de águas calmas e jardins multicores em função de um beijo, a cobiçada recompensa.
O conflito?! Durou apenas alguns minutos, mas os efeitos destes far-se-iam sentir por muito tempo.
Há ainda vestígios dessa hostil guerra em meu coração, mas estes se dissipam como poeira ao vento ao pronunciar das seguintes palavras (mágicas) “Eu te amo!”
Luiz Marcelo, eu te amo meu amor!!! Parabéns !!!Muitas felicidades, que esse seja somente o primeiro ano juntos do resto de nossas vidas!!!!!